A Fórmula 1 de 2025 mal completou suas primeiras corridas e já está mergulhada em uma trama digna de novela, com Sergio “Checo” Perez no centro de um movimento inesperado que pode abalar o grid. Após ser dispensado pela Red Bull no final de 2024, o piloto mexicano parecia destinado a um ano sabático, longe das pistas e da adrenalina da categoria máxima do automobilismo. No entanto, em uma reviravolta surpreendente, várias equipes da F1 – incluindo a estreante Cadillac – abordaram Perez nos últimos dias, acenando com propostas para trazê-lo de volta em 2026. O que parecia o fim de uma carreira ilustre pode, na verdade, ser o prelúdio de uma retaliação impressionante contra aqueles que duvidaram de seu talento.

Perez, que completou 35 anos em janeiro, deixou a Red Bull em dezembro de 2024 após uma temporada frustrante, marcada por apenas 9 pontos nas últimas oito corridas e uma queda para o oitavo lugar no Mundial de Pilotos. Apesar de seu papel crucial na conquista dos títulos de construtores em 2022 e 2023, e de ter sido vice-campeão em 2023 ao lado de Max Verstappen, o mexicano não conseguiu domar o instável RB20 em 2024. Sua saída, anunciada após o GP de Abu Dhabi, foi um golpe duro para os fãs, especialmente no México, onde ele é um ídolo nacional. Substituído por Liam Lawson, Perez viu as portas do grid se fecharem para 2025 – ou assim parecia.
A reviravolta começou a ganhar forma após o início decepcionante de Lawson na Red Bull. Com desempenhos fracos nos GPs da Austrália e da China, o neozelandês foi “rebaixado” de volta à Racing Bulls após apenas duas corridas, trocando de lugar com Yuki Tsunoda. A decisão expôs as dificuldades do carro da Red Bull, o mesmo que Perez havia alertado ser “quase impossível de pilotar” em 2024. “As pessoas agora veem como aquele carro é traiçoeiro”, disse Perez em uma entrevista recente ao site oficial da F1, em 1º de abril de 2025, desde sua casa em Guadalajara. Suas palavras ecoaram como uma sutil provocação aos críticos que o culparam exclusivamente por seus resultados no ano anterior.
Foi nesse contexto que equipes começaram a bater à sua porta. Segundo fontes próximas ao paddock, a Cadillac, que entrará na F1 como a 11ª equipe em 2026, está em negociações avançadas com Perez. A escuderia americana, apoiada pela General Motors e com Mario Andretti como diretor, busca um piloto experiente para liderar seu projeto ambicioso. Com 281 largadas, seis vitórias e 39 pódios, Perez se encaixa perfeitamente no perfil desejado. Além disso, sua popularidade na América Latina poderia ser um trunfo comercial para a marca. “Ele é uma opção séria. Seria ótimo tê-lo”, admitiu Andretti em uma declaração recente, aumentando as especulações.
Mas a Cadillac não está sozinha. Rumores apontam que outras equipes, possivelmente Haas e Williams, também fizeram contato, enxergando em Perez uma chance de aproveitar sua experiência e resiliência. “Fui abordado por algumas equipes desde Abu Dhabi”, revelou o mexicano, mantendo um tom enigmático. “Quero um projeto que me motive, onde minha experiência seja valorizada. Só volto se fizer sentido.” Essa postura sugere que Perez está no controle, avaliando suas opções com calma – uma reviravolta impressionante para quem, meses atrás, parecia fora do jogo.
Nos bastidores, a movimentação é vista como uma possível retaliação indireta contra a Red Bull. Se Perez retornar em 2026 com uma equipe competitiva e conseguir resultados expressivos, isso poderia lançar dúvidas sobre a decisão de dispensá-lo e destacar os erros de gestão da equipe austríaca na escolha de seus pilotos. A troca Lawson-Tsunoda, feita às pressas antes do GP do Japão, já alimenta debates sobre a instabilidade na estratégia da Red Bull, especialmente com Helmut Marko admitindo que a promoção inicial de Lawson “foi um equívoco”.
Enquanto isso, Perez se mantém focado em seu futuro. “Tenho seis meses para decidir”, afirmou, sugerindo que aproveitará o restante de 2025 para pesar suas opções. Para os fãs, a possibilidade de vê-lo de volta, desafiando as expectativas e provando seu valor, é eletrizante. A F1, conhecida por suas histórias de superação, pode estar prestes a ganhar mais um capítulo inesquecível – e Checo Perez, o protagonista improvável de uma revanche que ninguém viu chegar.